Flávia D´Angelo musa da minha cannon
por onde passeio minha língua
para Flavia D'Angelo
tenho ainda tuas unhas
mesmo não estando
entre meus dedos
e no estado em que me encontro
mar é corpo palavra/carne
tua língua meu brinquedo
não creio amor sem isso
nem entanto aquilo outro
pouco entendo do espírito
mas o meu inda é de
porco
se nunca estive
agora estando
é que absinto não me cura
se o seguro porto
é que procura
pode tentar o outro lado
que o meu
sou muito mais o lança/chama
pra incendiar os teus navios
muito além dos temporais
acender língua de fogo
como um danado cão vadio
farejando as altas ondas
deste terrível mar bravio
como se sabe ou como soube
amor não cabe em calmaria
em outro nome nunca coube
e nem atlântico caberia
quero beijar teu mar de buzios
e até teus seios comeria
ao mergulhar por entre as coxas
beber teu mel na maresia
Artur Gomes
www.artur-gomes.blogspot.com
preciso abraço amigo,
fuga do mundo
olhar que me visto,
carinho inteiro
de sobras não vivo,
amor dividido
no meio receios
carente menina
não supre mulher
desprezo desejo
fútil artificio
no sono escondo
palavra que falha
vivendo vazio
escondo o medo,
carente implora
aplausos escusos
no meio de tudo
a sobra do nada
vieste pro mundo
PELE
desfaço pedaços
escuro me traça
desejo sacio
linhas em curvas
de dedos em nuca
mulher que me visto
no sexo fugaz
mergulho na noite
orgulho banido
desprezo sentir
ateio o vício
me despe receio
entrega contida
de santa bandida
chegando sem medo
resposta no corpo
na entrega insisto
pudor não anseio...
calo os monstros que assolaram entranhas num tempo que urgia de perigo o corpo. aborto contente pedaços doentes que não me cabem mais. renasço das trevas do espelho que chuta na face verdade oculta. mudo na força da pedra que cai de realidade vazia. fraca me julgo por me permitir assim. junto pedaços e me faço de novo a mulher que julgo ser...e serei.
Flávia D´Angelo
www.poebrasoficial.blogspot.com
proponho aqui
a poesia/verso
que seja prosa
argamassa/concreta
sendo abstrata
muito mais
que pensamento
abisinto tudo
que a Arte implora
bem maior que InVento
arturgomes
jurra secreta 129
tenho em mim
que amor não sangra
apenas angra
quando o mar não está pra peixe
tenho um feixe de amor guardado
quando penso
me dá um tremor
da língua
as solas dos sapatos
só a duna do vapor
é capaz de compreender os meus baratos
trago em mim tuas unhas
mesmo nunca estando
entre meus dedos
se nunca estive te procurando
como agora estando
absinto não me cura
não pense metáforas a parte
juras secretas poéticas fulinaímicas
o que te tenho é carNAvalha
língua
que em teu corpo se espalha
como na avenida o samba-enredo
Artur Gomes
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