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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

marçal tupã



meu coração marçal tupã
sangra tupy & rock and roll
meu sangue tupiniquim
em corpo tupinambá
samba jongo maculelê
maracatu boi bumbá
a veia de curumim
é coca cola e guaraná

artur gomes/paulo ciranda

http://paulo-ciranda.blogspot.com

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Traição das Metáforas




A Traição das Metáforas

1.      enquanto as palavras gritam seu silêncio no fundo do poço eu digo que não calo falo que dois mil e treze já chegou como cachorro louco mesmo não sendo ainda agosto a fera vozifera entre quatro paredes suas bestialidades querendo o aplauso que não tem federika está de rosa trazendo na bandeira a velha sigla: não sou da lapa e não me peçam enredo novo nas escolas para o próximo carnaval 


2.    viver é um poema processo me disse moacy cirne no balaio vermelho quando matou chico doido de caicó cinelândia em polvorosa na noite do velório federika nua engarrafava o trânsito na porta do teatro municipal enq2uanto no presídio federal dos goytacazes macabea ensaiava em vão a estrela que não sobre federico roubava a cena nas escadarias da câmara dos vereadores com baudelaire em sua lira do delírio: entre a pele e a flor no asco com meia sola no sapato meu vapor mais que barato industrial e infonáutico entre a pele de zinco e o cabelo mar de indecifrável plástico por ente os bronzes do teu pelo entre a flor e o vaso de barro na home page ou no carro na camisinha de vênus vírus h corroendo em vita plus ou na sala meu olho gótico TVendo brazilírica lâmpada fala por um fio ou tanto quase cento e dez em cada fase não sendo assim acaba sendo debaixo da saca a escada torta pássaro sem teto acima do delírio coração de porco crava no oco da noite a faca cega punhal de cinco estrelas na constelação do cão maior por onde ursula nua passeia dédala de dandi deusa de dali lua de dadá no coração do pintor sem fronteiras debaixo do pé de abóbora acima do pé de cajá malásia não é aqui espanha não alé mar salvador não é dali itamarati itamaracá constelação ursa menor pra dadá meu coração pra dedé não sou cantor quando quero quero mesmo espuma nylor pele tecido isopor


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

a poesia do corpo em movimento

a poesia do corpo em movimento

injúria secreta


suassuna no teu corpo
couro de cor compadecida
ariano sábio e louco
inaugura em mim a vida

pedra de reino no riacho
gumes de atalhos na pedreira
menina dos brincos de pérola
palavra acesa na fogueira

pós os ismos tudo é pós
na pele ou nas aranhas
na carne ou nos lençóis
no palco ou no cinema
a palavra que procuro
é clara quando não é gema

até furar os meus olhos
com alguma cascata de luz
devassa em mim quando transcende
lamparina que acende
e transforma em mel o que antes era pus


arturgomes http://goytacity.blogspot.com

terça-feira, 11 de outubro de 2011

terra de santa cruz


artur gomes e affonso romano de sant´anna - foto: flávio bithinicthi





ao batizarem-te
 deram-te o nome: puta
posto que a tua profissão
é abrir-te em camas
dar-te em
ferro
ouro
prata
rios
peixes
minas
mata
deixar que os abutres
devorem-te na carne
o derradeiro verme

salve-lindo pendão que balança
entre as pernas abertas da paz
tua nobre sifilítica herança dos rendevouz
de impérios atrás

meu coração é tão hipócrita
que não janta
e mais imbecil que ainda canta:
ou
viram no Ipiranga
 às margens plácidas
uma bandeira arriada
num país que não levanta.

fosse o brazil mulher das amazonas
caminhasse passo a passo
disputasse mano a mano
guardasse a fauna e a flora
da fome dos tropicanos
ouvisse o lamentos dos peixes
jandaias araras e tucanos
não estaríamos assim
condicionados
aos restos do sub-humano

desfraldando a bandeira tropicalha
é que a gente avacalha com as chaves dos mistérios
desta terra tão servil:
tirania sacanagem safadeza
tudo rima uma beleza
com a pátria mãe que nos pariu

bem no centro do universo
 te mando um beijo ó amada
enquanto arranco uma espada
do meu peito varonil
espanto todas as estrelas
dos berços do eternamente
pra que acorde toda esta gente
deste vasto céu de anil
pois enquanto dorme o gigante
esplêndido sono profundo
não vê que do outro mundo
robôs te enrrabam ó mãe gentil!

telefonaram-me
avisando-me que vinhas
na noite uma estrela
ainda brigava contra
a escuridão
na rua sob patas
tombavam homens indefesos
esperei-te 20 anos
até hoje não vieste à minha porta
- foi u m puta golpe

o poeta estraçalha a bandeira
raia o sol marginal Quinta feira
na geléia geral brazileira
o céu de abril não é de anil
nem general é my brazil

minha verde/amarela esperança
portugal já vendeu para a frança
é o coração latino balança
entre o mar de dólar do norte
e o chão dos cruzeiros do sul

o poeta esfrangalha a bandeira
raia o sol marginal Sexta feira
nesta porra estrangeira e azul
que a muito índio dizia:

meu coração marçal tupã
sangra tupi & rock in roll
meu sangue tupiniquim
em corpo tupinambá
samba jongo maculelê
maracatu boi bumbá
a veia de curumim
é coca cola e guaraná

o sonho rola no parque
o sangue ralo no tanque
nada a ver com tipo dark
muito menos com punk
meu vício letal é baiafro
com ódio mortal de yank

ó baby a coisa por aqui não mudou nada
embora sejam outras siglas no emblema
espada continua a ser espada
poema continua a ser poema

In Couro Cru & Carne Viva

terça-feira, 12 de julho de 2011

Marçal Tupã



meu coração marçal tupã
sangra tupy & rock and roll
meu sangue tupiniquim
em corpo tupinambá
samba jongo maculelê
maracatu boi bumbá
a veia de curumim
é coca cola e guaraná

artur gomes/paulo ciranda