terça-feira, 30 de agosto de 2011

dani rauen após o bip

show de lançamento dia 1 de outubro
no Renascença em Porto Alegre – entre as faixas
Esfinge poema de Artur Gomes musicado por Rodrigo Bittencourt

esfinge

o amor
não e apenas um nome
que anda por sobre a pele
um dia falo letra por letra
no outro calo fome por fome
é que a flor da minha pele
consome a pele do meu nome
cravado espinho na chaga
como marca cicatriz
eu sou ator ela esfinge
clarice/beatriz
assim vivemos cantando
fingindo que somos decentes
para esconder o sagrado
em nosso profanos segredos
se um dia falta coragem
a noite sobra do medo
na sombra da tatuagem
sinal enfim permanente
ficou pregando uma peça
em nosso passado presente
o nome tem seus mistérios
que se escondem sob panos
o sol e claro quando não chove
o sal e bom quando de leve
para adoçar desenganos
na língua na boca na neve
o mar que vai e vem
não tem volta
o amor é a coisa mais torta
que mora lá dentro de mim
teu céu da boca e a porta
onde o poema não tem fim


artur gomes
http://juras-secretas.blogspot.com/

Fulinaíma Produções
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

cidade nua




andar
na periferia do teu corpo
cidade nua
trafegar por tuas ruas
caminhar tuas estradas
me enfiar em tuas curvas
se as flores do mal-me-quer
enfrentar a tua reta
re-inventar a pessoa
comer a tua carne
lamber a tua língua
beber o leite dos teus seios
lambuzar teu sexo
quando estiver no cio
soltar pipas ao vento
e tudo mais que re-invento
e quero mais a carnavalha
muito mais a coisa toda
e a moral tropinicalha
eu quero mais é que se foda

arturgomes

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

não fosse essa jura seceta



não fosse essa jura secreta
músculo de poeta que se move
retesado quando o teu olhar me aflora
falaria de algum mar que não conheço
imaginário como os girassóis entre os teus pêlos
e a flor de lótus que amanhece estrela
se abrindo em conchas no teu céu da boca
quando ponho a fala no teu abstrato
como  fosse o vinho  todo absinto
quando sinto o tempo solidão não sinto
atravesso a noite quando atravesso
o teu pulsar lá dentro  no teu mundo entro

por quanto tempo queres quietinha
contar minhas mãos e os meus dedos
se eles querem em segredo
fazer cócegas no teu ventre
passear por tuas pernas entre
a pele e o tecido que te veste

se queres o meu amor absoluto
te entrego o líquido e o bruto
muito mais que amor perfeito
tudo mais que do meu corpo queres ter
a flor que pulsa em minha carne no  meu osso
e faz de mim um novo ser em alvoroço
quando é possível estar bem dentro de você

arturgomes