quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

juras secretas


Jura secreta 133

O que existe por trás da poesia – o poeta e sua musa


Fosse alguma estrela de Vênus

ou apenas fosse uma Afrodite de Zeus
meus olhos de tigre alcançam
teus olhos dentro dos meus

mesmo em outras galáxias

viajantes de um outro universo
nas asas aladas de um deus

teu corpo me foi prometido

sou filho de quem Prometeu


Artur Gomes 






jura secreta 134

essa coisa sagrada nos mitos

que ainda não tem os olhos de Íris
entre meus músculos elétrica passeia
pelos mares quânticos
em atlânticas equações de meta física
como se em teus nervos 
abrigo procurasse
e se abrindo me entregasse
a flor amora logo abaixo do umbigo


Artur Gomes 

www.juras-secretas.blogspot.com 



jura secreta 135

essa esfinge me devora
fosse Afrodite ou fosse Vênus
fenícia Fênix ou fosse Flora
muito seria de menos
o poema/nuvem em tua boca
como uma Ítaca de Creta
na mitologia sagrada
alguma jura secreta
na carne da Fênix de Fogo
o mar entre as coxas de Hera
o sol nos olhos de Íris
metáfora na ira de um deus
por quê me acordas Electra
se no sonho ainda sou Zeus?


Artur Gomes


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

convite



Sarau Baião de Dois - 13ª Edição
Dia 28 de Agosto a partir das 19h
em comemoração a chegada dos  67 anos de Artur Gomes 
Espaço Cultural Fulinaíma - SINASEFE
Rua Álvaro Tâmega, 132 - Campos dos Goytacazes-RJ

https://www.facebook.com/events/862611893792360/

veraCidade 

por quê trancar as portas 
tentar proibir as entradas 
se já habito os teus cinco sentidos 
e as janelas estão escancaradas ? 

um beija flor risca no espaço 
algumas letras de um alfabeto grego 
signo de comunicação indecifrável 
eu tenho fome de terra e esse asfalto 
sob a sola dos meus pés  agulha nos meus dedos 

quando piso na Augusta 
o poema dá um tapa na cara da Paulista 
flutuar na zona do perigo  entre o real e o imaginário 
João Guimarães Rosa Caio Prado Martins Fontes 
um bacanal de ruas tortas 

eu não sou flor que se cheire 
nem mofo de língua morta 
o correto deixei na Cacomanga 
matagal onde nasci 

com os seus dentes de concreto 
São Paulo é quem me devora 
e selvagem devolvo a dentada 
na carne da rua Aurora 

FULINAÍMA Produções
Artur Gomes
portalfulinaima@gmail.com
www.youtube.com/fulinaima
http://artur-gomes.tumblr.com 
(22)99815-1266 (22)98141-4991

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Oficina de Teatro


Oficina de Teatro - SESC Campos
Quintas-Feiras - das 15 às 18h
Sábados - das 14 às 17h
Tema: Selecione Água
Cia Desafio de Teatro 
https://www.facebook.com/artur.gomes.9083/media_set?set=a.10206923436425355.1073742000.1261354236&type=3&pnref=story



IV KINO POÉTICAS - Mostra Internacional de Audiovisual 2015
https://www.facebook.com/pages/Mostra-Cine-V%C3%ADdeo-Curtas/309148895931842?fref=ts

jura secreta 34

te amo
e amor não tem nome
pele ou sobrenome
não adianta chamar
que ele não vem quando se quer
porque tem seus próprios códigos
e segredos
mas não tenha medo
pode doer pode sangrar
e ferir fundo
mas é razão de estar no mundo
nem que seja por segundo
por um beijo mesmo breve
porque te amo
na mar no sal no sol na neve

Artur Gomes
FULINAÍMA Produções
(22)99815-1266 – www.youtube.com/fulinaima
http://artur-gomes.tumblr.com

quinta-feira, 4 de junho de 2015

jura secreta 54


jura secreta 54

moro no teu mato dentro 
não gosto de estar por fora 
tudo que me pintar eu invento 
como o beijo no teu corpo agora 

desejo-te pelo menos enquanto resta 
partícula mínima micro solar floresta 
sendo animal da Mata Atlântica 
quântico amor ou meta física 
tudo o que em mim não há respostas 

metáfora d'Alquimim fugaz Brazílica 
beijo-te a carne que te cobre os ossos 
pele por pele pelas tuas costas 

os bichos amam em comunhão na mata 
como se fosse aquela hora exata 
em que despes de mim o ser humano 
do corpo rasgamos todo pano 
e como um deus pagão pensamos sexo. 



Artur Gomes

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

linguagem



linguagem

em tudo que gravita
na palavra selva
ou tudo que levita
nessa lavra seiva
fulinaimânica quer dizer linguagem
selvageria nessa língua é pouca
se o maior desejo da boca é o beijo
por quê ainda não rasguei a tua roupa?

Artur Gomes 
www.pelegrafia.blogspot.com



Guaxindiba

essa palavra índia
fosse mulher fosse menina
curuminha amaralina
pétala de luz em meu olhar
yemanjá espuma areia
em tua pele de sereia
água de sal água do mar



Artur Gomes 


Amanda 

nome que me escorre pela língua
quando falo
encharca a boca de saliva
água viva que me lava fora d´água
poema suspenso por um fio
cachoeira jorra água pelo rio
oxum me beija em noite clara de luar

Artur Gomes 

www.pelegrafia.blogspot.com



fotos: Artur gomes Gumes

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

poétikas



não sei se clara
pode entender claramente
como amo
claro que nem tudo
ainda foi dito
escrito falado pensado
nem clara mesmo
imagina o quanto quero
e pode até se assustar
com tanta fala
mas clara ainda
não sabe que na sala
a vela acesa
em noite escura
ainda é clara


Artur Gomes 



formas de dizer que amo

são múltiplas


se ainda não disse
estou em busca
da melhor forma de dizer
que não assunta

amar-te não tem preço
te amar não custa

Artur Gomes 



Gargaú 

quem tem sangue na veia
nem guaiamum nem caranguejo
a salive do desejo
em tua língua meu amor

e que a lama desse mangue
possa parir alguma flor

Artur Gomes

www.artur-gomes.blogspot.com

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Alice Melo Monteiro Gomes

Alice


A música está no bico dos pássaros
na pétala da lamparina
no caracol dos teus cabelos
no  movimento dos músculos
e no m das mãos

nada mais sagrado
do que teus olhos acesos
pra me iluminar na escuridão

Artur Gomes
foto: Artur Gomes Gumes

 




Viajante Incógnito

Quando Deus
Criou o mundo
Não contou vantagem

Quando esculpiu
O homem
Não fez vernissagem

Quando ele pintou
As estrelas no breu
Não falou “isso é Meu”
Nem expôs em museu
Quando escreveu
Os mandamentos
Não autografou
Quando inventou a música
Não cantou
Só mais um aparte
Triste daquele que tem
Seu nome maior que sua arte

Faixa do CD O Som da Cabeça do elefante
Que não me canso de ouvir

poética plural


Poética Plural
SagaraNAgem Dois Ponto Quatro

quem quiser me usar me use
na escrita na gramática no poema
faço poesia como quem dá no cinema
substantivos foram criados
para ser usados
com ou sem os seus significados
códigos códices signos não tem dono
quando acordo já perdi o sono
e quem sabe inventar inventa
e aí é gol de placa gol de letra
não tenho treta em ser lamb(usado)
nem fico triste se aumentar a fama
de começar no papel e terminar na cama

Artur Gomes




Jura Secreta 127

naquele dia
em que não me deu tua carne
pra matar a minha fome

comi as pedras do caminho

e te xinguei daquele nome





Jura Secreta 128

Clara como a Ana que ainda não conheço
me ofereço da forma que ela então quiser
não sei ainda o que fazer 
com esta escrita

mas tudo que vem dela então bendita
me leva ao infinito como um grito
que em silêncio escrevo pro teu nome
e então me calo até o dia que vier

Artur Gomes 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

XXIII Congresso Brasileiro de Poesia

XXIII Congresso Brasileiro de Poesia 
XX Mostra Internacional de Poesia Visual
III Mostra Cine Vídeo Poesia 
5 a 10 de outubro - 2015 - Bento Gonçalves-RS
Poeta Homenageado: Tanussi Cardoso 
Curadorias: Artur Gomes, Hugo Pontes, Jiddu Saldanha e Tchello Barros 
Coordenação Geral: Ademir Antônio Bacca 

Uma Cidade Em Transparência
Curta com fragmentos de momentos registrados
Durante o XXII Congresso Brasileiro de Poesia – Bento Gonçalves-RS – outubro 2014 – Fulinaíma Produções – roteiro & direção: Artur Gomes 
https://www.youtube.com/watch?v=dlE2B6f29XA&list=UU3d8xoVqrdTDFZ2dKIfRanQ




a musa e uma câmera fotográfica
curta com Isadora Zecchin, filmado
na Cachçaria - Bento Gonçalves-RS - outubro 2014 - durrante o XXII Congresso Brasileiro de Poesia - Fulinaíma Produções - direção: Artur Gomes

Jura secreta 14

eu te desejo flores lírios brancos 

margaridas girassóis rosas vermelhas 
e tudo quanto pétala 
asas estrelas borboletas 
alecrim bem-me-quer e alfazema
eu te desejo emblema 
deste poema desvairado 
com teu cheiro teu perfume 
teu sabor teu suor tua doçura
e na mais santa loucura 
declarar-te amor até os ossos
eu te desejo e posso : 
palavrArte até a morte 
enquanto a vida nos procura