sábado, 19 de janeiro de 2013

congresso brasileiro de poesia - lançamentos




CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA PROMOVE SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NA LIVRARIA ARGUMENTO LEBLON

Em sua vigésima primeira edição, o Congresso Brasileiro de Poesia é um dos mais tradicionais e longevos festivais de poesia do Brasil e também da América Latina. Realizado anualmente na cidade gaúcha de Bento Gonçalves, o evento caracteriza-se por sua programação voltada em sua maior parte para as escolas do município, atingindo um público aproximado de 25 mil pessoas.

Entre os inúmeros projetos que compõem o evento, destacam-se:“Poesia na Escola”, que consiste na distribuição de livros de poesia aos alunos como forma de incentivo à leitura, “Autor Presente na Sala de Aula”, que leva os autores para as escolas, e “Poesia na Vidraça”, no qual os estabelecimentos comerciais cedem espaços em suas vitrines para a escrita de poemas, os quais, em muitos locais, permanecem intocáveis ao longo do ano seguinte.

Em suas vinte edições já realizadas o Congresso Brasileiro de Poesia levou a Bento Gonçalves grandes nomes da poesia das três Américas e também da Europa, publicou 16 volumes da coleção“Poesia do Brasil”, 9 da coleção “Poeta, Mostra a Tua Cara”e distribuiu mais de 20 mil exemplares destes livros junto às escolas e comunidade bento-gonçalvense.

No próximo dia 22, a partir das 18 horas, acontece o lançamento oficial da edição 21 do evento e dos volumes 15 e 16 da coleção“Poesia do Brasil”, na Livraria Argumento do Leblon, Rio de Janeiro, seguidos de um grande sarau.

Marina Colasanti é a escritora homenageada do evento neste ano, que acontece entre os dias 30 de setembro e 5 de outubro, na capital brasileira da uva e do vinho e também maior polo moveleiro do país.


Proyecto Cultural Sur Brasil

Ademir Antônio Bacca - Presidente
Artur Gomes - Coordenador Nacional de Literatura e Áudiovisual
May Pasquetti - Coordenadora Nacional de Marketing

contatos: 
adebach@gmail.com
poebrasoficial@gmail.com
portalfulinaima@gmail.com
                 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

a traição das metáforas





A Traição das Metáforas

4.      seja herói seja marginal: frase de oiticica levou baiano a londres depois de passar alguns segundos no doi cod li num grafiti nos muros da central bem ao lado do monumento de duque de caxias federico estava de plantão nos dragões da independência são cristóvão era um mangue onde todas as noites íamos aliviar nossas tensões com as prostitutas do lugar dali para brasília foi um pulo num quadrimotor da fab embaixo de celas e fardos de alfafa até voltar em  maio  de mil novecentos e sessenta oito cacomanga já s e tornara  uma makondo e eu ali entre a ausência do meu pai e as flores do mal que roubei o quartel num armário do coronel joão batista de oliveira figueredo



A Traição das Metáforas 5

na estrada estática federika cantarolava mamãe mamãe não chora a vida é assim mesmo eu fui embora seus olhos estavam cravados na imagem em frente macabea se masturbava com os cinco dedos da mão esquerda enterrados no anus e os outros da mão direita cravados na vagina enquanto gritava seu amado: federiko! nosso mestre sala dos mares oculto longe dali pensava li não em jorge amado mas na literatura clandestinna na bahia traição é um prato de angu que se come quente com pimenta coentro e fígado de porco e não será a benedita que me fará voltar ao morro da mangueira travestido com os parangolés do oiticica me chamo federico baudelaire e não prego prego sem estopa se uso óuclos de colher é que a vida não está sopa




A Traição das Metáforas 6

No fundo negro da noite blak billye tinha um jeito gal fatal vapor barato macabea agonizava nas entrelinhas tentando a cena que não sai nem freud explica o seu corpo que cai no primeiro abismo das metáforas era meio dia mil novecentos e oitenta e oito ribeirão preto em alvoroço alguém lixava uma carteira enquanto a bailarina se contorcia em sábado de páscoa ao som de pink floyd em frente as lojas americanas ricardo lima caçava imagens dentro dos ovos de páscoa marcio coelho toca pérola negra e eu falo fernando pessoa a eptv me leva ao ar ao vivo e no meio da multidão em êxtase um bêbado reclama pela sua previdência jardinópolis agora é apenas uma página de jornal sem vestígios onde rabisquei alguns poemas atrás dos fios elétricos na parede da choperia sete meia zero onde me chamam federico baudelaire eu quero teu corpo de manga fruta que se chupa até sangrar ao som de um negro blues enquanto houver




A Traição das Metáforas 7

federika havia acabado de assistir o rei da vela alucinada correu para o barracão da mocidade e começou a invocar o santo inquérito quando baixou macunaíma e catatau tudo ao mesmo tempo estremecendo o templo uma parte do mestiço foi pra curitiba parte outra foi para as profundezas amazônicas na rua aurora mário escrevia de febre sem ao menos perceber que o seu herói já havia sido parido pela porta/bandeira na garçonier  da rua 24 de maio esquina com  praça da república onde em mil novecentos e noventa e cinco encontrei o marco zero e dele surgiram os primeiros retalhos imortais quando descobri a morta de todos os santos beatriz

Artur Gomes

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

cabeças cortadas

cabeças cortadas


Sargaço em tua boca espuma

em armação de búzios
 tenho um amor sagrado
guardado como jura secreta
que ainda não fiz para laís
em teus cabelos girassóis de estrelas
que de tanto vê-las o meu olho  vela
e o que tanto diz  onda do mar  não leva
da areia da praia onde grafei teu nome
para matar a sede e muito mais a fome
entranhada  na carne como flor de lotus
grudada na pele como tatuagem
flutuando ao vento como leve pluma
no salgado corpo do além mar afora
sargaço em tua boca espuma
onde vivem peixes  - na cumplicidade
do que escrevo agora

queimando em mar de fogo

Entridentes

queimando em Mar de Fogo
me registro
lá no fundo do teu íntimo
bem no branco do meu nervo
brota uma onda de sal e líquido
procurando a porta do teu cais
teu nome já estava cravado
nos meus dentes
desde quando sísifo
olhava no espelho
primeiro como Mar de Fogo
registro vivo das primeiras era
segundo como Flor de Lotus
cravado na pele da flor primavera
logo depois gravidez e parto
permitindo o Logus quando o amor quisera


arturgomes
fulinaimagem cine vídeo poesia

cabeças cortadas

cabeças cortadas


Sargaço em tua boca espuma

em armação de búzios
 tenho um amor sagrado
guardado como jura secreta
que ainda não fiz para laís
em teus cabelos girassóis de estrelas
que de tanto vê-las o meu olho  vela
e o que tanto diz  onda do mar  não leva
da areia da praia onde grafei teu nome
para matar a sede e muito mais a fome
entranhada  na carne como flor de lotus
grudada na pele como tatuagem
flutuando ao vento como leve pluma
no salgado corpo do além mar afora
sargaço em tua boca espuma
onde vivem peixes  - na cumplicidade
do que escrevo agora

queimando em mar de fogo

Entridentes

queimando em Mar de Fogo
me registro
lá no fundo do teu íntimo
bem no branco do meu nervo
brota uma onda de sal e líquido
procurando a porta do teu cais
teu nome já estava cravado
nos meus dentes
desde quando sísifo
olhava no espelho
primeiro como Mar de Fogo
registro vivo das primeiras era
segundo como Flor de Lotus
cravado na pele da flor primavera
logo depois gravidez e parto
permitindo o Logus quando o amor quisera


arturgomes
fulinaimagem cine vídeo poesia

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A Traição das Metáforas 5 e 6




A Traição das Metáforas 5

na estrada estática federika cantarolava mamãe mamãe não chora a vida é assim mesmo eu fui embora seus olhos estavam cravados na imagem em frente macabea se masturbava com os cinco dedos da mão esquerda enterrados no anus e os outros da mão direita cravados na vagina enquanto gritava seu amado: federiko! nosso mestre sala dos mares oculto longe dali pensava li não em jorge amado mas na literatura clandestinna na bahia traição é um prato de angu que se come quente com pimenta coentro e fígado de porco e não será a benedita que me fará voltar ao morro da mangueira travestido com os parangolés do oiticica me chamo federico baudelaire e não prego prego sem estopa se uso óuclos de colher é que a vida não está sopa



A Traição das Metáforas 6

No fundo negro da noite blak billye tinha um jeito gal fatal vapor barato macabea agonizava nas entrelinhas tentando a cena que não sai nem freud explica o seu corpo que cai no primeiro abismo das metáforas era meio dia mil novecentos e noventa e oito ribeirão preto em alvoroço alguém lixava uma carteira enquanto a bailarina se contorcia em sábado de páscoa ao som de pink floyd em frente as lojas americanas marcio coelho toca pérola negra e eu falo fernando pessoa a eptv me leva ao ar ao vivo e no meio da multidão em êxtase um bêbado reclama pela sua previdência jardinópolis agora é apenas uma página de jornal sem vestígios onde rabisquei alguns poemas atrás dos fios elétricos na parede da choperia sete meia zero onde me chamam federico baudelaire eu quero teu corpo de manga fruta que se chupa
até sangrar ao som de um negro blues enquanto houver

Artur Gomes

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

marçal tupã



meu coração marçal tupã
sangra tupy & rock and roll
meu sangue tupiniquim
em corpo tupinambá
samba jongo maculelê
maracatu boi bumbá
a veia de curumim
é coca cola e guaraná

artur gomes/paulo ciranda

http://paulo-ciranda.blogspot.com

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Traição das Metáforas




A Traição das Metáforas

1.      enquanto as palavras gritam seu silêncio no fundo do poço eu digo que não calo falo que dois mil e treze já chegou como cachorro louco mesmo não sendo ainda agosto a fera vozifera entre quatro paredes suas bestialidades querendo o aplauso que não tem federika está de rosa trazendo na bandeira a velha sigla: não sou da lapa e não me peçam enredo novo nas escolas para o próximo carnaval 


2.    viver é um poema processo me disse moacy cirne no balaio vermelho quando matou chico doido de caicó cinelândia em polvorosa na noite do velório federika nua engarrafava o trânsito na porta do teatro municipal enq2uanto no presídio federal dos goytacazes macabea ensaiava em vão a estrela que não sobre federico roubava a cena nas escadarias da câmara dos vereadores com baudelaire em sua lira do delírio: entre a pele e a flor no asco com meia sola no sapato meu vapor mais que barato industrial e infonáutico entre a pele de zinco e o cabelo mar de indecifrável plástico por ente os bronzes do teu pelo entre a flor e o vaso de barro na home page ou no carro na camisinha de vênus vírus h corroendo em vita plus ou na sala meu olho gótico TVendo brazilírica lâmpada fala por um fio ou tanto quase cento e dez em cada fase não sendo assim acaba sendo debaixo da saca a escada torta pássaro sem teto acima do delírio coração de porco crava no oco da noite a faca cega punhal de cinco estrelas na constelação do cão maior por onde ursula nua passeia dédala de dandi deusa de dali lua de dadá no coração do pintor sem fronteiras debaixo do pé de abóbora acima do pé de cajá malásia não é aqui espanha não alé mar salvador não é dali itamarati itamaracá constelação ursa menor pra dadá meu coração pra dedé não sou cantor quando quero quero mesmo espuma nylor pele tecido isopor