goytacá boy
no CD fulinaíma sax blues
poesia (2002)
ando por são Paulo meio
Araraquara
a pele índia do meu corpo
concha de sangue em tua
veia
sangrada ao sol na carne
clara
juntei meu goytacá teu
guarani
tupy or not tupy
não foi a língua que ouvi
em tua boca caiçara
para falar para lamber
para lembrar
da sua língua arco íris
litoral
como colar de uiara
é que eu choro como a
chuva curuminha
mineral da mais profunda
lágrima que mãe chorara
para roçar para provar
para tocar
na sua pele urucun de
carne e osso
a minha língua tara
sonha cumer do teu almoço
e ainda como um doido
curuminha
a lamber o chão que
restou da Guanabara
Artur Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário